David Harvey comenta sobre o que o neoliberalismo realmente significa - e porque o conceito ainda tem importância.
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Os liberais contemporâneos são reféns do conservadorismo – e o que eles querem conservar é uma ordem política moralmente falida.
O iconoclasta pensador marxista Mark Fisher nasceu neste dia em 1968. Seu legado intelectual ajudou a inspirar uma geração e suas obras se tornaram hoje uma referência incontornável no campo da cultura, filosofia e política. Além de denunciar as consequências do neoliberalismo realmente existente, o pensamento de Fisher nos ajuda a ver para além da ideologia de que "não há alternativa".
Muitos analistas esperavam que a crise financeira de 2008 marcasse o fim do neoliberalismo. Em vez disso, vimos uma onda de privatizações e austeridade nos serviços públicos. Hoje, as forças mais bem posicionadas para explorar a pandemia do coronavírus ainda são as que já têm poder: neoliberais, conservadores e milionários que moldam a agenda política econômica há décadas.
O impacto do coronavírus abalou as bolsas de valores do mundo e impôs a necessidade de significativos socorros estatais. Mas as medidas para lidar com a crise correm o risco de estimular um capitalismo mais controlador e autoritário – aquele que protege os interesses corporativos, enquanto transfere os custos para os demais.
Manter o setor farmacêutico na esfera privada representa um risco significativo à saúde pública, sobretudo em épocas de pandemias, pois ele coloca a prioridade do lucro acima da vida. Já que o setor vive de recursos públicos, a solução é socializá-lo, deixando o sob o controle da população.
Controle de capital é um primeiro passo necessário, mas precisaremos de reformas mais radicais para promover um comércio mais justo, o pleno emprego e o desenvolvimento sustentável e econômico entre todas as nações.
O filme Parasita, de Bong Joon Ho, destaca a brutal divisão de classe de um dos países mais ricos da Ásia. O filme também demonstra uma realidade mundial da classe trabalhadora jovem no capitalismo — a constante busca por um emprego digno é minada pela disparidade de oportunidades entre ricos e pobres.
Mauricio Macri deixa oficialmente a presidência da Argentina depois de quatro anos de gestão neoliberal, com alta na inflação, aumento da pobreza e novo acordo financeiro com o FMI. A vitória do peronista Alberto Fernández é uma boa notícia para a esquerda, mas vem com um grande desafio: estabilizar uma economia profundamente endividada.