Celso Furtado, cujo centenário celebramos hoje, nos legou uma teoria econômica original que expõe as entranhas da armadilha do subdesenvolvimento. Dedicou sua vida a contribuir, na teoria e na prática, a um projeto de nação que arrancasse o país da condição subalterna. Mas a utopia desenvolvimentista, de conciliar a tríade “capitalismo”, “democratização” e “soberania”, encontrou seus limites na dinâmica da luta de classes.