O resultado eleitoral no Reino Unido aponta para um profundo problema na política mundial hoje: a atração gravitacional de priorizar o combate cultural ao econômico – um resultado que divide consistentemente a esquerda e entrega a vitória à direita.
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O resultado das eleições britânicas foi um golpe devastador. Permitir que os Conservadores se apresentem como defensores do Brexit garantiu a derrota - e entregou áreas trabalhistas históricas para o partido dos patrões. Entretanto, com uma organização socialista mais ousada, teremos mais chances para tomar o poder.
Em busca das riquezas oriundas do petróleo e da mineração, o Partido Conservador Britânico montou uma agenda há dez anos para defender o "livre comércio". Hoje, está provado que ela serviu para intervir no Brasil, Venezuela, Bolívia, Honduras e Colômbia. As próximas eleições, com Jeremy Corbyn, abrem uma brecha para reverter esse cenário.
As cenas de milhares de alemães passando pela travessia do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989 são lembradas como o fim da Guerra Fria. Mas, em 4 de novembro, cerca de um milhão de pessoas havia se manifestado a favor de uma reforma: eles queriam criar o socialismo democrático na Alemanha Oriental.
Na última eleição interna, a base do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) desafiou a cúpula partidária para eleger uma dupla de esquerda à liderança - que pode pôr fim à “grande coalizão” com a centro-direita católica e dar nova vida à política socialista do país.
Os ousados planos do Partido Trabalhista britânico para reformar o futebol - redistribuindo riqueza dos clubes mais ricos e possibilitando que os torcedores possam comprar ações dos times e demitir dirigentes - poderiam salvar o esporte de mãos dos cartolas e oligarcas.
Por três décadas, o “extremo centro” silenciou todas as alternativas ao neoliberalismo, apresentando-se como algo mais moderno. Mas, como Tariq Ali insiste, há uma alternativa - e o Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn está oferecendo exatamente isso.
Analistas da imprensa corporativa continuam afirmando que Evo Morales comandou uma eleição fraudulenta e que isso o levou a renunciar. Entretanto, a “renúncia” se mostrou ser um golpe planejado e ainda não encontraram provas de que a eleição tenha sido fraudada.