A proliferação de movimentos conspiracionistas de extrema direita como o QAnon é um sintoma dos últimos 40 anos de crise permanente causado pela instabilidade neoliberal. É um combo que mistura narrativas paranóicas, pânicos morais, refluxo da secularização religiosa e slogans vazios que surgem como resposta às latentes inquietações frente a falta de alternativa ao realismo capitalista que estamos submetidos.
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Desde a sua criação, o Colégio Eleitoral tem se destacado como uma das instituições políticas mais impopulares. A longa história de tentativas de reforma fracassadas não tornou esta instituição antiquada menos antidemocrática - é hora de finalmente abolirmos esse poder oligárquico que vem beneficiando o Partido Republicano há décadas.
Joe Biden e os democratas têm se recusado a articular uma visão política alternativa que bata de frente com a visão distorcida e reacionária de Donald Trump. Parece que Trump perdeu, mas sem criar uma alternativa para derrotá-lo, o trumpismo pode retornar com uma vingança daqui a quatro anos.
Mais de 31 milhões de adultos que vivem nos EUA estão legalmente proibidos de votar nas eleições. Essa é uma violação obscena. Houve um tempo em que parecia igualmente sensato dizer que apenas homens brancos com propriedade deveriam ter esse direito.
Desde George W. Bush, o movimento conservador têm destruído a democracia internamente ao restringir a votação e judicializar o processo democrático - porque sabem que seu projeto oligárquico é impopular e não podem vencer de forma justa.
Uma em cada quatro famílias rurais não conseguiu obter os cuidados médicos que precisava durante a pandemia. À medida que a austeridade desmontou a rede que sustentava a saúde rural, agricultores têm lutado para pagar pela saúde como nunca antes na história - e Donald Trump pode acabar pagando caro por isso em novembro.
Após a acachapante vitória do MAS na disputa presidencial da Bolívia, resgatamos o legado de Evo Morales - que, antes de ser golpeado pelos militares e a direita, conquistou o poder no país mais pobre da América do Sul, triplicou seu PIB e tirou milhões da extrema pobreza.
Exilado na Argentina, ex-presidente golpeado Evo Morales contou à Jacobin sobre a sua história na luta anti-imperialista, os meandros que motivaram o golpe militar ano passado em conluio com os EUA e por que o partido MAS está preparado para vencer as eleições presidenciais deste mês.
A militante feminista Adriana Guzmán faz um balanço do governo do Evo Morales na Bolívia, detalhando a relação do MAS com os setores populares e as debilidades mediante o avanço da direita. Ela argumenta que o golpe teve duas etapas, uma primeira para desmoralizar e intimidar os indígenas e uma segunda jurídica para a elite retomar o poder.