Completados 150 anos desde a Comuna de Paris, os militantes que construíram o primeiro governo da classe trabalhadora são lembrados mais como mártires do que revolucionários. Ainda assim, socialistas buscam tirar lições práticas dessa experiência – e construir as organizações que poderiam tornar a promessa da Comuna em uma mudança social radical e duradoura.
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Em um ensaio que escreveu pouco antes de falecer, o anarquista David Graeber argumenta que, depois da pandemia, não podemos normalizar uma realidade voltada para servir aos caprichos de um punhado de ricos que desvaloriza a grande maioria de nós. Mesmo que, como fizeram em 2008, a mídia e as classes políticas tentem nos convencer a pensar assim.
Os conservadores costumam espalhar mentiras sobre Karl Marx – mas além de ser um ativo militante contra a escravidão, ele apoiou os esforços de todos aqueles que se organizaram para combatê-la.
William Morris nasceu neste dia em 1834. Famoso por sua arte e poesia, ele também foi movido por outra paixão: o fim do capitalismo.
O sociólogo e professor da Universidade da Pensilvânia Daniel, Aldana Cohen, fala sobre o projeto do Green New Deal à Jacobin Brasil, um programa ecossocialista radical, que por sua natureza não aceita a separação entre luta social e ambiental - e se funda na mobilização da classe trabalhadora e dos movimentos sociais.
Neste mês, completa-se 150 anos que a classe trabalhadora de Paris tomou o controle da capital e estabeleceu a Comuna. Embora tenha governado por apenas dois meses, o primeiro governo socialista no mundo ainda é um exemplo radical do tipo de sociedade que os próprios trabalhadores podem criar, de acordo com sua própria visão de liberdade e igualdade.
Erik Olin Wright, um dos marxistas contemporâneos mais dialéticos, deixou de legado aos socialistas uma teoria emancipatória radical para enfrentar os desafios do século XXI a partir da reconstrução atual das classes subalternas.
Em 1887, o designer têxtil, romancista, poeta e socialista William Morris escreveu sobre a importância do poder da Comuna de Paris na história de luta dos oprimidos. Os communards falharam em conquistar a liberdade material, mas sua coragem virtuosa acelerou as conquistas e ideais emancipatórios do socialismo, fortalecendo a esperança dos que lutam por um mundo melhor.
Há 90 anos nascia Augusto Boal, um dos maiores teatrólogos e dramaturgos brasileiros. Sua experiência e método com trabalhadores e operários latino-americanos fez surgir o Teatro do Oprimido - que agora busca caminhos e alternativas para a convergência com as lutas feministas contemporâneas.