Se pretendemos evitar o pior cenário da crise do coronavírus e nos poupar de um sofrimento inimaginável, temos que combater — e até estatizar — as empresas que estão tentando lucrar com essa crise às custas do resto da população. Assim como já fizeram na Segunda Guerra Mundial para combater o fascismo.
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Governo Bolsonaro segue a mesma estratégia falida de Boris Johnson, premiê de extrema-direita do Reino Unido que diagnosticou estar infectado pelo coronavírus, e Itália, país europeu mais atingido pela pandemia com mais de 6 mil mortes. Para não cairmos que nem eles na falácia do “isolamento vertical”, precisamos de investimento público, distanciamento físico e solidariedade social.
As criminosas sanções contra Cuba, Venezuela, Irã, Coreia do Norte, Palestina e Iêmen já são devastadoras em “tempos de paz”. Com a pandemia do COVID-19, elas estão sufocando ainda mais a população desses países e precisam parar imediatamente em nome da saúde pública universal.
O setor aéreo não sobreviverá ao coronavírus. Agora é a hora de estatizá-lo — e de usarmos esse momento para traçar um plano estratégico para um futuro mais sustentável, com controlada e baixa emissão de carbono.
Em 2008, as elites nos disseram para não "politizar" o colapso financeiro e acabamos passando por uma década de austeridade no ocidente enquanto a China salvava a economia global de uma nova Grande Depressão. A crise do coronavírus reformulará a economia e agora é a hora de apresentarmos os argumentos certos para não repetirmos os mesmos erros.
À medida que o coronavírus se espalha rapidamente pelo mundo, ultrapassando nossa capacidade de combate-lo, o "inimigo invisível" revela o inevitável: um capitalismo global impotente diante de uma crise biológica. Precisamos construir urgentemente uma infraestrutura de saúde pública internacionalmente adequada.
Todos nós merecemos um Estado funcional que possa prover a todos, e uma sociedade que valorize a solidariedade acima de tudo. É a única coisa que pode nos levar a superar a pandemia de coronavírus.
A resposta ao coronavírus mostra que nem as maiores potenciais mundiais estão preparadas para uma epidemia global. Precisamos desesperadamente de um sistema de saúde pública que rejeite o filantrocapitalismo e priorize a saúde preventiva sobre a ganância e os lucros das empresas farmacêuticas.