Seja pelo impeachment, pela cassação da chapa via TSE ou por uma insurreição popular, precisamos derrubar o presidente e os programas de austeridade para superar a pandemia do coronavírus antes que sejamos tragados para uma derradeira tragédia social.
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A gripe espanhola de 1918 infectou um quarto da população mundial e foi decisiva para a ascensão dos sistemas públicos de saúde. Atualmente, a crise da COVID-19 está novamente mostrando que problemas coletivos exigem soluções coletivas - e um Estado que forneça todas as nossas necessidades essenciais.
Nas últimas décadas, a narrativa de que "não há alternativa" se tornou hegemônica e as crises deixaram de ser o momento esperado pelos revolucionários e transformaram-se numa oportunidade para silenciar as lutas. Será esse o caso novamente mesmo que a pandemia esteja provando que nossos programas que, até ontem, eram impensáveis estão sendo implantados em questão de horas para salvar o maior número de vidas?
Se pretendemos evitar o pior cenário da crise do coronavírus e nos poupar de um sofrimento inimaginável, temos que combater — e até estatizar — as empresas que estão tentando lucrar com essa crise às custas do resto da população. Assim como já fizeram na Segunda Guerra Mundial para combater o fascismo.
O novo filme do cineasta marxista Ken Loach é uma denuncia devastadora à nossa economia e sua capacidade infinita de gerar miséria entre a classe trabalhadora. Uma vez que no capitalismo, a competição ocorre não apenas entre classes — mas também dentro das classes.
Frente ao isolamento para combater o coronavírus, o Estado deveria agir para garantir mais direitos aos entregadores e um abastecimento mais democrático e tranquilo de alimentos nas cidades – e começar a estatizar plataformas como Uber Eats, iFood e Rappi.
Governo Bolsonaro segue a mesma estratégia falida de Boris Johnson, premiê de extrema-direita do Reino Unido que diagnosticou estar infectado pelo coronavírus, e Itália, país europeu mais atingido pela pandemia com mais de 6 mil mortes. Para não cairmos que nem eles na falácia do “isolamento vertical”, precisamos de investimento público, distanciamento físico e solidariedade social.
As criminosas sanções contra Cuba, Venezuela, Irã, Coreia do Norte, Palestina e Iêmen já são devastadoras em “tempos de paz”. Com a pandemia do COVID-19, elas estão sufocando ainda mais a população desses países e precisam parar imediatamente em nome da saúde pública universal.
Ailton Krenak, um dos principais intelectuais indígenas no país, conversou com a Jacobin sobre catástrofe climática, crise do capitalismo, surgimento do marxismo e a possibilidade de imaginarmos outros mundos por meio da tradição de resiliência de todos os povos minoritários no mundo.