O debate em torno da "cultura do cancelamento" já cheira a mofo, mas existem ameaças reais às liberdades civis na sociedade atual. A esquerda deve reivindicar o legado da liberdade de expressão para alargar seu escopo e trazer para o debate a sua dimensão de classe.
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O governo queria um voucher temporário, mas a pressão dos trabalhadores mais atingidos pela pandemia tem colocado em pauta um direito universal à subsistência. As lutas em torno do auxílio emergencial são uma oportunidade para construir laços políticos de solidariedade e elevar o grau de consciência coletiva.
No dia 9 de outubro, Azerbaijão e Armênia concordaram com um cessar-fogo após semanas de combates pela disputada região de Nagorno-Karabakh. O acordo foi desrespeitado e os enfrentamentos continuam. Assim como depois da trégua em 1994, não pode haver paz duradoura sem uma solução política que supere o legado violento do colapso soviético no Cáucaso.
Neste domingo, a votação do Plebiscito Constitucional chileno caminha para ser a mais nova vitória progressista na América Latina, desfazendo o modelo neoliberal que inspira desde países desenvolvidos no desmonte do bem-estar social até os planos de Paulo Guedes.
Não ouvimos delas com frequência, mas cerca de 800 bases militares dos EUA espalhadas pelo mundo transformaram alguns países em colônias supremacistas e enormes regiões em um sangrento campo de batalha. Além de incentivarem agressões militares, elas dão apoio logístico para golpes em outros países. Para acabar com o imperialismo, precisamos desativá-las.
Uma em cada quatro famílias rurais não conseguiu obter os cuidados médicos que precisava durante a pandemia. À medida que a austeridade desmontou a rede que sustentava a saúde rural, agricultores têm lutado para pagar pela saúde como nunca antes na história - e Donald Trump pode acabar pagando caro por isso em novembro.
Após a acachapante vitória do MAS na disputa presidencial da Bolívia, resgatamos o legado de Evo Morales - que, antes de ser golpeado pelos militares e a direita, conquistou o poder no país mais pobre da América do Sul, triplicou seu PIB e tirou milhões da extrema pobreza.
O conflito sangrento que eclodiu entre Azerbaijão e Armênia não é o resultado de rancores ancestrais ou animosidade arraigada entre muçulmanos e cristãos. É o produto de uma longa história de colonialismo, nacionalismo e autoritarismo.
Para desmantelar o racismo estrutural, que faz recair sobre o povo negro os piores efeitos do capitalismo, como as consequências da pandemia, aumento do desemprego e violência policial, precisamos de um projeto coletivo de massas com um horizonte revolucionário que supere a ideologia hegemônica da branquitude.