Após a liberalização ocorrida no período pós-Revolução Russa, a União Soviética da era Stalin restringiu drasticamente o direito das mulheres ao aborto. Entretanto, na década de 1950, as mulheres soviéticas obtiveram o direito ao aborto gratuito e legal antes de quase todas as suas irmãs no Ocidente.
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Esta semana completou quarenta anos desde que Jean-Paul Sartre nos deixou. A filosofia e os valores políticos do socialista francês ainda inspiram lutas pela liberdade mundo afora.
Na última semana, o governo de extrema-direta húngaro baniu procedimentos de mudança de gênero, legislou sobre penas de prisão por notícias falsas e colocou comparsas do governo no controle de teatros. Além disso, Orbán tem explorado a pandemia do coronavírus para concentrar poderes excepcionais.
A falta de ajuda da União Europeia para os Estados mais atingidos pela COVID-19 é o mais recente sinal da falsa "solidariedade europeia". Como Yanis Varoufakis demonstra à Jacobin, as instituições e os burocratas estão empenhados em travar as necessidades da maioria - preferindo ver o sofrimento em massa ao invés mudar suas próprias regras.
Diferentemente de seus vizinhos europeus, que usam da crise do coronavírus para fechar fronteiras e parlamento, o governo de esquerda português anunciou que regularizará todos os migrantes, permitindo o acesso a serviços de saúde. O exemplo do país mostra que nossa resposta à pandemia deve ser coletiva e incluir a todos, independentemente de onde tenham nascido.
Margarete Schütte-Lihotzky ficou conhecida como a criadora da primeira cozinha planejada, projetada para reduzir o tempo dedicado às tarefas domésticas. Mas sua “arquitetura social” era fruto de suas profundas convicções políticas - uma jornada que a levou à resistência comunista contra o nazismo.
A gripe espanhola de 1918 infectou um quarto da população mundial e foi decisiva para a ascensão dos sistemas públicos de saúde. Atualmente, a crise da COVID-19 está novamente mostrando que problemas coletivos exigem soluções coletivas - e um Estado que forneça todas as nossas necessidades essenciais.
Nas últimas décadas, a narrativa de que "não há alternativa" se tornou hegemônica e as crises deixaram de ser o momento esperado pelos revolucionários e transformaram-se numa oportunidade para silenciar as lutas. Será esse o caso novamente mesmo que a pandemia esteja provando que nossos programas que, até ontem, eram impensáveis estão sendo implantados em questão de horas para salvar o maior número de vidas?
Se pretendemos evitar o pior cenário da crise do coronavírus e nos poupar de um sofrimento inimaginável, temos que combater — e até estatizar — as empresas que estão tentando lucrar com essa crise às custas do resto da população. Assim como já fizeram na Segunda Guerra Mundial para combater o fascismo.