Como uma casta aristocrática, os militares vêm acumulando benefícios desde o século XIX e são os únicos que tiveram aumento no orçamento nos últimos anos, chegando a R$ 118 bilhões, igual ao ministério da Saúde. A diferença é que um atende toda população brasileira, enquanto o outro alimenta um seleto grupo com picanha, uísque, hotéis de luxo e uma nababesca previdência - desfrutada por 68 mil filhas "solteiras".
Posts published in América do Sul
Fundadora da escola de dança profissional mais antiga dos Estados Unidos, Martha Graham recusou-se a se apresentar nas Olimpíadas nazistas e criou um palco longevo de dissidência política. A dança moderna tem ligações profundas com a política radical – e os protestos daqueles que saíram da retaguarda.
Permanecem vivas as controvérsias de critérios para a apreciação histórica dos partidos políticos. Só não se pode julgar um partido por aquilo que ele pensa sobre si próprio.
Nos últimos 70 anos, Augusto de Campos nos presenteou produções que revolucionaram – mais de uma vez – a poíesis em língua portuguesa. Hoje, o poeta completa 90 anos. Considerando isso, convidamos seu editor, Vanderley Mendonça, para escrever sobre a vida deste que é, sem dúvidas, a expressão máxima do concretismo brasileiro.
Há 41 anos, desafiando a ditadura, nascia o Partido dos Trabalhadores. O partido marcou as pautas da esquerda brasileira durante décadas, mas abandonou algumas lutas e cometeu uma série de erros em nome do “republicanismo”, alimentando o aparato jurídico-repressivo que acabou se tornando o seu próprio algoz.
Desde os anos 1980, liberais usam falsas premissas para defender a "independência" do Banco Central, com objetivo de privatizar os rumos da política econômica do país e esvaziar o poder do voto popular. Para que não coloquemos a raposa para cuidar do galinheiro, a única independência que precisamos é em relação aos seus “fiscalizados”, ou seja, os próprios bancos.
Marketing de massa, operações psicológicas militares e tecnologias cibernéticas sempre andaram juntos na história. O “caos como método” bolsonarista tem eficácia no atual estágio do capitalismo neoliberal, que dissemina incerteza e confusão em um mundo de crise permanente. Com uma narrativa antissistema ao mesmo tempo que depende do sistema para sobreviver, Bolsonaro insiste em uma auto-imagem de autoridade ao mesmo tempo que delega tudo para os outros.
Mais de 70% dos brasileiros assassinados pela polícia todos os anos são jovens negros das periferias. Para cada vítima do Estado, muitas delas inocente, uma família é dilacerada. Mas as mães estão se organizando do luto silencioso para a luta coletiva, impulsionando movimentos populares por todo o país que buscam justiça e o desmonte do racismo estrutural.
De 2007 a 2017, o Equador foi um farol de esperança para a esquerda latino-americana, mas nos últimos quatro anos um regime neoliberal impôs a austeridade exigida pelo FMI. O favorito para a eleição presidencial de hoje é o candidato de esquerda, Andrés Arauz, que conversou com a Jacobin como ele vai continuar a Revolução Cidadã para retomar o legado de seu aliado Rafael Correa.