Os comentaristas do establishment adoram citar Martin Luther King para deslegitimar protestos de militantes radicais e envergonhar manifestantes indisciplinados. Mas King não era um defensor de um protesto passivo e complacente - para ele, a mobilização consistia em forjar uma força coletiva poderosa que pudesse coagir as elites no poder a concederem demandas por justiça.
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Assim como o "Verão Vermelho" de 1919, enquanto a violência racista atingia os EUA após a "Gripe Espanhola" devastar o país, estamos vendo protestos antirracista de massas contra a brutalidade policial varrendo o país no meio da pandemia do coronavírus.
Jair Bolsonaro e Donald Trump ameaçaram proibir a "antifa" por ser uma organização terrorista. Mas não se pode proibir um conjunto de ideias. Enquanto enfrentarmos a ameaça da violência totalitária, o antifascismo continuará sendo uma resposta essencial da sociedade.
A insurgência civil é uma resposta racional à pobreza e à opressão. E, embora nem sempre seja o caso, pesquisas mostram que pode ser eficaz na conquista de mudanças sociais - contrariando algumas teses liberais.
Marx é frequentemente lembrado como um economista político ou filósofo. Mas ele deixou sua marca na história também como um extraordinário jornalista.
Jeff Bezos, dono da Amazon, está a caminho de se tornar o primeiro trilionário do mundo. Essa é uma perversão econômica grotesca em nossa sociedade — e a única maneira de mudar isso é organizar os trabalhadores para recuperar o extraordinário poder e riqueza que Bezos está acumulando.
A derrota dos movimentos socialistas e progressistas, do Brasil à Indonésia, foi resultado de uma campanha anticomunista global organizada pelos EUA e apoiada por outras potências ocidentais e elites locais. Descobrimos onde surgiu o "método" para esmagar as esperanças e os sonhos da esquerda nos países emergentes - para sempre.
Muitos analistas esperavam que a crise financeira de 2008 marcasse o fim do neoliberalismo. Em vez disso, vimos uma onda de privatizações e austeridade nos serviços públicos. Hoje, as forças mais bem posicionadas para explorar a pandemia do coronavírus ainda são as que já têm poder: neoliberais, conservadores e milionários que moldam a agenda política econômica há décadas.
Em maio de 1970, 4 milhões de estudantes se rebelaram contra a Guerra no Vietnã e centenas de universidades e escolas foram obrigadas a suspender as aulas. Embora a situação atual seja diferente diante do coronavírus, os estudantes e ativistas terão um novo conjunto de demandas radicais quando o “novo normal” voltar a funcionar.