Manuel Merino, o último presidente do Peru, renunciou em uma semana. Assim como no Chile, há um processo destituinte nas ruas de todo o país. A desobediência plebéia conseguirá construir um “horizonte comunitário-popular” em suas lutas, que não dependa apenas da possibilidade do partido reformista?
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Luiza Erundina saiu do interior da Paraíba, onde militava pela reforma agrária com movimentos católicos e lia Paulo Freire clandestinamente, para se tornar a primeira prefeita de São Paulo. Hoje, aos 85 anos, continua lutando por um mundo mais justo com o mesmo vigor de quando resistia à ditadura militar. Nesta entrevista, ela conta como a esquerda pode se renovar para destruir o bolsonarismo nas próximas eleições.
“O futebol dá sentido à vida, sim. Mas a vida também dá sentido ao futebol”.
O povo chileno votou em massa para abandonar a Constituição neoliberal herdada da ditadura. Atualmente em primeiro lugar nas pesquisas para a eleição presidencial do próximo ano, o comunista, chileno e palestino, Daniel Jadue, disse à Jacobin como seu país pode romper com os dogmas da direita e quais foram os erros da esquerda latino-americana.
A proliferação de movimentos conspiracionistas de extrema direita como o QAnon é um sintoma dos últimos 40 anos de crise permanente causado pela instabilidade neoliberal. É um combo que mistura narrativas paranóicas, pânicos morais, refluxo da secularização religiosa e slogans vazios que surgem como resposta às latentes inquietações frente a falta de alternativa ao realismo capitalista que estamos submetidos.

As celebrações em massa pela derrota de Trump foram uma bela demonstração de alegria política coletiva. Podemos aproveitar essa energia para construir uma política de massas para a classe trabalhadora contra o neoliberalismo de Joe Biden.
Se Joe Biden conseguiu se sair vitorioso, apesar da falta de brilho de sua campanha, é porque o eleitorado sentiu a necessidade urgente de um presidente que se concentrasse na crise do coronavírus, em vez de se queixar de bichos-papões culturais. A maioria das pessoas se preocupa mais com suas condições materiais do que com fantasias reacionárias.
É muito simplista afirmar que "violência gera violência". Faremos melhor se analisarmos alguns dos mitos sobre a Revolução Russa. A violência revolucionária de 1917 não foi nada em comparação com o que se dava no front da Primeira Guerra Mundial.