A derrocada da social-democracia nos EUA ilustra a precariedade de qualquer projeto de reforma no capitalismo.
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Na segunda parte da entrevista à Jacobin, o economista Anwar Shaikh continua discutindo algumas teses do seu livro “Capitalismo: Competição, Conflito e Crise”, as falhas das escolas econômicas dominantes, a conjuntura internacional e os limites enfrentados por qualquer projeto de desenvolvimento no capitalismo mundial, incluindo a maneira como as contradições do governo Lula representavam desafios profundos.
Em muitos sentidos já vivemos em uma economia planejada. Por que não torná-la democrática?
O pessoal que participou da pegadinha online por trás da grande bolha da GameStop de 2021 provavelmente vai perder muito dinheiro. Mas eles prestaram um serviço ao mundo ao nos lembrar da absoluta inutilidade da bolsa de valores, uma instituição que não serve a nenhum propósito além de enriquecer um pequeno número de pessoas indignas.
O domínio do neoliberalismo foi inaugurado nos EUA com a eleição de Ronald Reagan na década de 1980, impulsionado por uma explosão no ativismo empresarial, em parceria com os "libertários" de direita e conservadores. Uma peça-chave desse domínio foi a filosofia de crueldade otimista de Ayn Rand, quase perfeita em sua imoralidade.
A resistência a antibióticos poderá custar 10 milhões de vidas ao ano em 2050. Apesar dos avanços recentes com o uso de Inteligência Artificial, o setor farmacêutico privado não considera lucrativo o bastante o desenvolvimento de novos antibióticos. Pelo bem de todos, esse setor precisa ser socializado.
A identidade gay tornou-se viável graças à face emancipatória do capitalismo: a libertação do indivíduo da estrutura familiar. Mas essa liberdade sexual não foi automática — precisou de décadas de luta militante. Hoje, precisamos de mais enfrentamentos para combater os aspectos opressivos do capitalismo, que impedem que homossexuais e heterossexuais vivam vidas totalmente livres.
As crises da última década feriram de morte a legitimidade do neoliberalismo - mas, como um zumbi, ele continua em pé mesmo sem vida. O realismo capitalista não vai colapsar por si só: sua superação exige de nós ação coletiva estratégica.
Devemos nos preocupar com o poder que as Big Techs têm sobre nossas vidas. Mas os processos contra monopólios de tecnologia são apenas um band-aid para um problema mais profundo: a necessidade de libertar as redes sociais do lucro privado e o impulso que os CEOs tem para vender nossos dados.